Tamanho não é documento I
- italo prota de sa
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Assisti a um vídeo onde o indivíduo, que se intitulava cientista e defendia o desmatamento da Amazônia, afirmava que o gás carbônico na atmosfera representa apenas 0,04% do ar. Com esta participação, segundo o “cientista”, é matematicamente impossível este gás ter alguma influência no clima do nosso planeta. E os outros gases, menos ainda porque são mais irrelevantes.
Por fim, segundo ele, podemos desmatar a Amazônia e, obviamente os outros biomas, queimar combustíveis fósseis à vontade que o gás carbônico jamais será relevante para o clima.
Eu concordo com a participação de “apenas” 0,042%, já aumentou um pouco de quando ele falou, mas não concordo com a conclusão porque todas as academias de ciência do mundo afirmam, categoricamente, que o gás carbônico é o maior responsável pelo aumento da temperatura média da Terra. Afirmam a mesma coisa a Embrapa, a Nasa, a USP, a ONU etc. Não tenho coragem de discordar e as evidências são irrefutáveis. Vênus, por exemplo, tem muito gás carbônico na Atmosfera e sua temperatura chega a mais de 400° C. Marte, por outro lado, com pouquíssima concentração de gases, não consegue reter calor e a sua temperatura média é de 63° C negativos e a variação do dia para a noite pode alcançar 150° C. Inabitável.
Em resumo, apesar da pequena participação, o gás carbônico é o principal gás do efeito estufa e está, juntamente, com os outros menos relevantes, contribuindo diretamente para o aquecimento global. O gás também tem o lado bom: é a fonte da vida na Terra pela sua participação na fotossíntese e, sem ele, não haveria vida aqui.
Voltando ao gás carbônico. Apesar da sua pequena participação na atmosfera global, é uma substância química essencial para a vida na Terra desde sempre e muito antes de conhecermos o efeito estufa. Ele é a base da vida pois é dele que os vegetais (todos) produzem os carboidratos que os alimentam e que servirão para a produção de flores, frutas, sementes, grãos, raízes etc. que, por sua vez, alimentam os herbívoros. Estes alimentam os carnívoros e todos nos alimentam (somos onívoros e, como tal, consumimos de tudo). Tudo isto era muito bem feito com “apenas” 300 PPM.
O outro lado bom do gás carbônico era o efeito estufa pois sem ele a Terra seria praticamente inabitável porque a temperatura média da Terra seria de mais ou menos 18° C negativos e a variação do dia para a noite seria de mais de 150°C. O gás carbônico, embora seja essencial à vida, se tornou um problema devido ao excesso. É como um remédio forte: na dose certa é ótimo, numa “overdose” pode matar. Veja o que aconteceu com a concentração de gás carbônico nos últimos milênios: sempre esteve abaixo de 300 PPM ou 0,03%.
Quando a Terra começou a esquentar, duas outras possíveis causas do aumento da temperatura média do nosso planeta (aquecimento global) foram analisadas: maior atividade solar ou uma mudança na órbita da Terra. Ambas foram verificadas e descartadas. Narrativa de que é um “ciclo normal” deve ser descartada por absoluta imbecilidade – a Terra nunca teve ciclos.
O Sol tem ciclo solar, mas não tem nada a ver com o aumento atual da temperatura. A atividade solar, que nos manda calor, luz e radiações infra vermelhas é bem representada na figura a seguir (NASA):

A linha vermelha pontilhada é a variação da temperatura média em cada ano e a linha cheia representa a média dos últimos 11 anos. A escolha de “onze” é por causa do ciclo solar que tem esta duração. A amarela pontilhada é a variação da irradiância solar em cada ano e a cheia é, também, a média dos últimos 11 anos.
Observe que as linhas cheias (médias) não caminham em paralelo: a amarela é de oscilação e a vermelha é de crescimento. Se alguém disser que o aumento atual da temperatura Terra é um ciclo, não acredite.
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